O início do ano é um período bastante aguardado por boa parte dos brasileiros por conta dos famosos bloquinhos de carnaval. A animação do período é inegável, mas é preciso atenção aos riscos que acompanham essa época festiva. Com o aumento da aglomeração, consumo de álcool e esforços físicos intensos, os foliões estão mais suscetíveis a diversas lesões. Esse cenário torna fundamental o conhecimento sobre as medidas preventivas que podem fazer a diferença para uma folia segura.
Os riscos durante o Carnaval são diversos, desde entorses e bolhas até́ quedas que podem causar fraturas. Segundo o fisioterapeuta e professor da Estácio Teresina, Júnior Miranda, é preciso ter atenção tanto nas vestimentas, como também nos arredores durante a folia. “Entre as lesões mais comuns está o entorse de tornozelo, devido ao uso de calcados inadequados ou até́ mesmo pisos irregulares nas ruas. Bolhas são muito comum também por conta dos uso prolongado de sapatos desconfortáveis. As câimbras musculares são muito comuns, pois o esforço excessivo e a desidratação favorecem essas lesões musculares”, explica o professor.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Turismo (MTUR), apenas em 2024, por exemplo, cerca de 50 milhões de pessoas participaram da festa popular mais conhecida do país. Para evitar lesões, além da atenção com a movimentação dos locais onde os bloquinhos são realizados, em casos de desconforto ou lesões leves, os cuidados imediatos podem evitar complicações ainda mais graves.
Segundo Júnior Miranda, algumas medidas podem ser tomadas em casos de dores leves após curtir um dia inteiro de folia para ajudar na recuperação. “Em caso de dores musculares ou fadiga, é sempre bom descansar e evitar forcar a região dolorosa. Alongar suavemente para aliviar a tensão muscular é sempre importante. Aplicar compressas frias para reduzir a inflamação e a dor também, mas principalmente se hidratar bem para evitar as câimbras. Em caso de torções ou até́ mesmo contusões, aplique gelo na região”, destaca o professor, mas reforçando que “se a dor persistir ou houver inchaço excessivo, é essencial procurar um serviço de saúde”.
Para grupos de risco, como idosos e pessoas com condições crônicas, a atenção com o local escolhido para pular o carnaval deve ser redobrada. “É importante lembrar também que os idosos podem planejar seus locais para se locomover. Então é preferível que escolham locais com boa acessibilidade e menos lotados. Evitar longos períodos em pé́ e procurar pontos de descanso sempre que possível. É importante ressaltar também o uso de bastante protetor solar, chapéus, óculos, e procurar locais com sombra, evitar também sair nos horários de pico, dependendo do horário da sua festividade”, finaliza o professor de fisioterapia.