Homem é preso em Pedro II suspeito de integrar grupo que promovia estupros virtuais

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Luzilândia

Um homem, que não teve a identidade revelada, foi preso na última segunda-feira (30) na cidade de Pedro II suspeito de integrar  um grupo que praticava crimes de violência contra mulheres na internet durante a “Operação Abbraccio”, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) no Piauí e em outros oito estados. Além da prisão, o piauiense teve um notebook e um aparelho celular apreendido.

“Os policiais foram até o local indicado e realizaram a prisão de um homem de 19 anos, suspeito de integrar essa rede criminosa que atuava em todo o Brasil. Ele tomou como surpresa a prisão, não imaginava que poderia acontecer. No momento da prisão ele não quis falar nada no momento da prisão, se reservou ao direito de ficar calado e no interrogatório também”, informou o agente Moura, da Delegacia de Pedro II.

As investigações da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias apontam que os envolvidos se organizavam virtualmente, em plataformas como Discord, para cometer estupros virtuais, torturas, misoginia e racismo contra as vítimas. 

Em abril deste ano, a mãe de uma das vítimas procurou a unidade para relatar que imagens íntimas de sua filha estavam sendo divulgadas. Durante a apuração, os agentes constataram a existência de uma rede criminosa com dezenas de outras vítimas. Tudo era transmitido on-line e, em alguns casos, a gravação era posteriormente exposta na internet.

De acordo com a Deam de Duque de Caxias, o grupo forçava as vítimas a atos violentos ou a se mutilar com navalhas, fazendo-as escrever os nomes dos autores na própria pele.

A “Operação Abraccio” ocorre após a prisão de um dos integrantes do grupo, no mês passado. A partir da perícia de cerca de 80 mil imagens, vídeos e áudios encontrados em dispositivos eletrônicos, foi possível chegar aos demais envolvidos e suas lideranças. O material apreendido também demonstra a frieza com que eles tratam o sofrimento e a vida humana.

Até o momento, seis mulheres foram identificadas, mas acredita-se que o grupo possa ter feito dezenas de outras vítimas. Além das prisões, a operação desta segunda apreendeu celulares, computadores e mídias digitais capazes de comprovar os crimes praticados e ampliar o mapeamento da rede criminosa. O material arrecadado será analisado e poderá embasar novas diligências, além de responsabilizações penais e civis.

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