
O governador Rafael Fonteles avaliou, na manhã desta segunda-feira (14), os impactos das medidas anunciadas pelo presidente estadunidense, Donald Trump, sobre o Piauí e o Nordeste. De acordo com o chefe do Executivo, as tarifas impostas aos produtos brasileiros serão “péssimas” para os americanos e ruins para os brasileiros.
Na última semana, o presidente dos Estados Unidos enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano. Segundo Trump, as tarifas passam a valer a partir de 1º de agosto.
No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Ele também menciona ordens do STF contra apoiadores de Bolsonaro que mantêm residência nos Estados Unidos.
A medida já começa a impactar produtores de mel do sul do estado do Piauí e produtores de diversos itens do Nordeste, região representada por Rafael Fonteles na presidência do Consórcio Nordeste. Além do mel, setores como o de carne, café, laranja e outros também serão afetados pelo tarifaço.
Questionado sobre o assunto, o governador lamentou a posição do mandatário americano.
“Nós temos que confiar na condução do presidente Lula. Ele lamenta a posição do presidente americano, porque fez isso de maneira unilateral, quebrando os laços diplomáticos. Mas o presidente Lula vai acreditar, sim, na diplomacia, vai esgotar as tentativas de diálogo para evitar essa medida, porque o mundo todo caminha para uma integração maior. Veja, estamos praticamente na véspera de anunciar o acordo Mercosul-União Europeia, que busca o quê? Diminuir burocracias e tarifas entre os continentes para facilitar o comércio internacional. O presidente americano está na contramão disso”, afirmou.
Rafael Fonteles destacou ainda a preocupação dos governadores brasileiros com o impacto das tarifas.
“É péssimo para o povo americano, que vai pagar mais caro pelos produtos, e ruim também para os outros países. Acredito muito no diálogo. É claro que o presidente Lula é firme, defendendo a soberania brasileira, como outros países também fazem, mas nunca vai interromper o canal de diálogo. Nós, governadores, estamos preocupados com os efeitos para as nossas empresas, empresas instaladas nos nossos estados. Mas, sem dúvida, vai prevalecer o bom senso, a racionalidade e a firmeza na defesa dos interesses nacionais, conduzidos pelo presidente da República.”, concluiu.
Com informações de Cidadeverde.com