Silvio Mendes critica empresa e anuncia mutirão para enfrentar crise do lixo

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Luzilândia

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes, anunciou, durante entrevista nesta sexta-feira (18), que está preparando a realização de um novo mutirão de limpeza na capital, em resposta ao acúmulo de lixo nas ruas e à insatisfação da população com os serviços prestados pela empresa responsável pela coleta. A medida ocorre em meio a uma crise envolvendo a gestão dos resíduos sólidos, marcada por disputas judiciais e pela realização de uma licitação emergencial com outra empresa.

Atualmente, a empresa encarregada da limpeza urbana, o consórcio Recicle/Aurora, segue operando por determinação da Justiça, mesmo após diversas reclamações e aplicação de multas. A Prefeitura afirma que os valores pagos pela administração municipal estão em dia, mas questiona a eficiência da contratada.

“Esse é um conflito que a gente tem, todo dia tem um problema a ser resolvido e que está naturalmente nas mãos da Justiça. Nós estamos seguindo as decisões judiciais de uma empresa poderosa, mas que presta esse serviço de muito pouca qualidade, com muitas reclamações, muitas multas que não estão sendo pagas”, declarou Silvio Mendes.

A crise se agravou nos últimos meses, com relatos de acúmulo de lixo em diversos bairros e paralisações pontuais por parte de trabalhadores terceirizados, que enfrentam dificuldades para receber seus salários. A gestão municipal tem buscado soluções junto ao Judiciário, especialmente com o Tribunal Regional do Trabalho, para garantir o repasse direto dos recursos aos garis.

“Hoje, as maiores reclamações que recebo aqui em Teresina não são da saúde, da educação, nem de buraco na rua, são da limpeza da cidade, que não está sendo feita de forma correta. É uma despesa cara, 18 milhões de reais por mês, está em dia, mas agora, para poder garantir que esse dinheiro chegue ao gari, que é, na verdade, quem faz o trabalho mais difícil, isso está sendo feito pela Justiça do Trabalho”, afirmou o prefeito, citando a atuação do desembargador Manoel Dourado Dantas.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Apesar da intenção da Prefeitura de realizar um mutirão emergencial, a continuidade dos serviços está condicionada à permanência da empresa atual, até que a nova licitação, com previsão de duração de cinco anos e valor estimado superior a R$ 1 bilhão, seja homologada.

“Estamos tentando fazer um novo mutirão porque a cidade está suja e isso incomoda muito, do ponto de vista da higiene e da saúde pública. Mas a gente não pode fazer um mutirão como fizemos em janeiro, porque tem que ser através de uma empresa ruim. É uma empresa ruim, mas muito poderosa”, disse Silvio Mendes.

A expectativa da Prefeitura é de que a nova licitação, atualmente em fase de preparação, possa substituir o contrato vigente, possibilitando uma gestão mais eficiente da limpeza urbana. Até lá, a administração busca alternativas legais e operacionais para minimizar os impactos à população.

Fonte: Cidadeverde.com

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